A Interdisciplinaridade dos Sistemas ERP
Cleber de Carvalho Oliveira, Clever Lopes Rodrigues,
Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara
Curso de Sistemas de Informa��o
cleber@goiatextil.com.br, cleverenator@yahoo.com.br, leandrocampos@caramuru.com,
lilianeveronica@hotmail.com, mgs_1987michelle@yahoo.com.br
Palavras-chave: ERP. Sistemas de Gest�o Empresarial. Interdisciplinaridade.
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globaliza��o e o crescente acirramento da competitividade no mercado mundial faz com que os administradores procurem constantemente novos
meios de tornar mais �geis e seguras suas decis�es. Decis�es estas tomadas,
sempre que poss�vel, com base em informa��es instant�neas e confi�veis. Esse �
o foco da gest�o empresarial contempor�nea.
Sabe-se da preocupa��o das institui��es de ensino em formatar uma matriz curricular que seja instrumento eficiente na forma��o acad�mica de seus alunos e, por conseq��ncia, contribuir na forma��o de profissionais qualificados para o mercado de trabalho.
Tendo em vista esta
preocupa��o, aos alunos do segundo per�odo do Curso de Sistemas de Informa��o
do ILES/ULBRA[3],
lan�ou-se o desafio de elaborar uma pesquisa que demonstre a
interdisciplinaridade dos conte�dos do per�odo. Partindo deste desafio, o
presente trabalho opta por realizar uma pesquisa que possa, ao mesmo tempo,
fundamentar a interdisciplinaridade dos conte�dos do per�odo e
tamb�m iniciar o estudo de um tema de alta relev�ncia profissional para
todo e qualquer acad�mico de um curso de tecnologia contempor�neo: Os Sistemas
de Gest�o Empresarial � ERP.
Ao analisar as principais mudan�as nos �ltimos
anos em rela��o � economia mundial, dois pontos s�o sempre citados com �nfase:
a Globaliza��o e a Tecnologia da Informa��o[4].
A globaliza��o, que somente se consolidou devido aos avan�os tecnol�gicos dos
�ltimos tempos, nada mais � do que a queda das barreiras alfandeg�rias e a
internacionaliza��o das empresas (HABERKORN, 1999). A concorr�ncia agora �
mundial, n�o importa onde a empresa se localize ou onde esteja o seu p�blico
consumidor. Logo, � necess�rio ser t�o eficiente quanto o mais eficiente
concorrente. � neste ponto que entra a grande diferen�a dos tempos atuais: a
Tecnologia da Informa��o.
Formar profissionais preparados para este
cen�rio competitivo � tamb�m parte do desafio imposto ao ensino superior que,
por meio de uma postura interdisciplinar, deve preparar o aluno para atuar em
seu meio utilizando todos os recursos de que disp�e, sejam conhecimentos
espec�ficos de sua atividade profissional ou n�o (DENKER, 2002). Ainda segundo
Denker, as institui��es de ensino superior devem cada vez mais buscar cumprir
seu papel formador de indiv�duos pensantes e, ao mesmo tempo, disponibilizar
profissionais aptos e criativos para este o mercado de trabalho contempor�neo,
cujas exig�ncias s�o guiadas pela economia globalizada.
A interdisciplinaridade surgiu nos anos 70 como
resposta �s necessidades de uma abordagem mais integradora da realidade,
contribuindo para vincular o conhecimento � pr�tica. A interdisciplinaridade
vem sendo introduzida nas universidades por meio da realiza��o de projetos e
trabalhos integrados, reunindo os conte�dos trabalhados pela matriz curricular
em cada per�odo. Considerando que todas as disciplinas que formam as matrizes
s�o indispens�veis para a forma��o dos bachar�is em suas �reas, a integra��o
entre os conte�dos � fundamental para a qualidade da educa��o oferecida
(DENKER, 2002).
Segundo Fazenda (1998), a
interdisciplinaridade se coloca como uma possibilidade de corre��o das
distor��es causadas pela especializa��o e conseq�ente fragmenta��o das
disciplinas. A interdisciplinaridade n�o se configura como um modismo, mas como
uma exig�ncia que se imp�e ao pensamento contempor�neo em todas as ci�ncias,
sejam f�sicas, naturais ou humanas.
Deve-se frisar ainda que a fun��o da
interdisciplinaridade n�o � comunicar ao indiv�duo uma vis�o integrada de todo
o conhecimento, mas desenvolver nele um processo de pensamento que o torne
capaz de, frente a novos objetos de conhecimento, buscar uma nova s�ntese
(BARBOSA, 1979 apud DENCKER, 2002).
O levantamento de informa��es para esta
pesquisa foi realizado por meio da an�lise de livros, peri�dicos de tecnologia,
sites da Internet e do conte�do exposto pelos professores at� o momento da
realiza��o da pesquisa.
Depois do levantamento de todo o conte�do
relevante, foram filtrados aqueles que pudessem embasar a rela��o de cada
disciplina do per�odo com o tema da pesquisa.
Simultaneamente, tratou-se de pesquisar
conte�dos que pudessem fundamentar a relev�ncia do assunto
�Interdisciplinaridade� no contexto do artigo.
Durante a montagem final deste artigo, tentou-se estabelecer uma seq��ncia l�gica coerente com seu objetivo, partindo da contextualiza��o dos sistemas de informa��o, passando pela quest�o da interdisciplinaridade e finalmente tratando da aplica��o pr�tica de cada disciplina do per�odo no assunto tema da pesquisa.
Partindo da defini��o de
Sistema como �um conjunto de partes coordenadas que concorrem par a realiza��o
de um conjunto de objetivos, segundo um plano� (POLLONI, 2000), conclui-se
ent�o que a pr�pria empresa e seu contexto, por si s�, j� constituem um sistema
e, em conseq��ncia disso, um Sistema de Informa��o (REZENDE, 1999).
Ainda segundo Rezende,
tendo em vista a complexidade de atividades, diversidade de processos,
envolvimento de pessoas, entidades externas e a grandiosidade de manipula��o de
diversas informa��es, a empresa e as suas rela��es formam o maior de todos os
Sistemas de Informa��o.
O Sistema Empresa � composto de v�rios
subsistemas coordenados, os quais podem pertencer a tr�s categorias distintas:
sistemas de n�vel estrat�gico, sistemas de n�vel t�tico e sistemas de n�vel
operacional (POLLONI, 2000). Nesta �ltima camada est�o os Sistemas de Gest�o
Empresarial � ERP, os quais, devido � sua pr�pria natureza, tamb�m s�o
considerados Sistemas de Informa��o.
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Por defini��o, ERP (Enterprise Resource Planning) � um
conjunto de sistemas que tem como objetivo agregar e estabelecer rela��es de
informa��o entre todas as �reas de uma companhia (NEXT GENERATION CENTER,
2004).
O sistema ERP � um pacote comercial de software que
tem como finalidade organizar, padronizar e integrar as informa��es que circulam
pelas organiza��es. Estes sistemas integrados permitem acesso � informa��o
confi�vel em uma base de dados central em tempo real (DAVENPORT, 1998 apud
GAMB�A, 2004). Os sistemas ERP Possuem uma estrutura modular, nas quais as
melhores pr�ticas de mercado foram aplicadas aos principais processos de
neg�cios das empresas: contabilidade, financeiro, compras, vendas,
distribui��o, planejamento e controle de produ��o, recursos humanos, processos
fiscais e outros (Figura 1).
Figura
1 � Modelo conceitual de integra��o entre os m�dulos de um Sistema ERP.
(Adaptado
do modelo conceitual do sistema SAP R/3 Client/Server ABAP/4)
A partir da segunda metade dos anos 90, os
sistemas ERP surgiram como uma solu��o para ajudar as empresas a melhorar sua
produtividade e obter vantagem competitiva por meio do uso de tecnologia de
informa��o e, ainda hoje, depois de mais de dez anos do seu surgimento,
continua sendo um dos principais focos de investimento na �rea de Tecnologia da
Informa��o.
Como tecnologia evolutiva,
o sistema ERP pode ser entendido como uma evolu��o dos Sistemas de Planejamento
de Recursos de Manufatura - MRPII[5],
que, por sua vez, j� era uma evolu��o dos sistemas de planejamento de
requisi��es de materiais - MRP[6],
sendo que o ERP passou a atender, al�m dos processos produtivos, os processos
administrativos e financeiros da organiza��o (NEXT GENERATION CENTER, 2004).
Esta vis�o do ERP como uma evolu��o expandida do MRP � compartilhada tamb�m por
Polloni (2000).
Segundo Rezende (1999), o sistema ERP n�o � pode
ser classificado como um sistema estrat�gico e sim, uma tecnologia de suporte,
com a finalidade de integrar e controlar toda a informa��o trocada dentro das
empresas. No cen�rio atual, isto tem sido modificado de duas maneiras: a
primeira, com o ERP deixando de ser somente operacional e passando a ser um
sistema de gest�o e suporte �s decis�es, por meio da integra��o com os sistemas
de Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente � CRM[7],
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos - SCM[8]
e Intelig�ncia do Neg�cio - BI[9]
(NEXT GENERATION CENTER, 2004). A segunda forma vem da necessidade das empresas aumentarem a troca de informa��es e colaborarem
mais entre si, buscando redu��es de custos e aumento de produtividade nas
cadeias de suprimentos, momento em que o ERP tem o papel de viabilizar e tornar
mais eficiente esta colabora��o.
5. CONTE�DOS
RELACIONADOS
5.1. Sistemas
ERP, Conhecimento Multidisciplinar e Ensino Interdisciplinar
Ao usar sistemas
computacionais, seja ao manipular janelas de um sistema operacional, redigir um
artigo em um processador de textos, utilizar um caixa eletr�nico ou ainda
trabalhar com um Sistema de Gest�o Empresarial � ERP, tema deste artigo, muitas
vezes � ignorado o trabalho multidisciplinar[10]
das pessoas que trabalharam em sua constru��o.
Especificamente durante todas as fases de
desenvolvimento e implementa��o de um sistema ERP, s�o exigidos v�rios
conhecimentos dos envolvidos, tais como: vis�o organizacional, vis�o de
neg�cio, racioc�nio l�gico, racioc�nio matem�tico, embasamento tecnol�gico e
metodologia de levantamento, desenvolvimento e implementa��o. Verifica-se ent�o
a necessidade de conhecimentos multidisciplinares da equipe envolvida. Quanto
mais conhecimento multidisciplinar tiver cada membro da equipe, maiores ser�o
as chances de sucesso do projeto.
A interdisciplinaridade cumpre tamb�m um papel
de forma��o de profissionais multidisciplinares, j� que, segundo Girardelli
(2005), o conhecimento obtido com base na interdisciplinaridade proporciona uma
aprendizagem muito mais estruturada e rica, pois os conceitos est�o organizados
em torno de unidades mais globais, de estruturas conceituais e metodol�gicas
compartilhadas por v�rias disciplinas.
Um sistema ERP � um conjunto de programas, os
quais nada mais s�o do que um conjunto de instru��es feitas para serem
executadas por um computador. Os programas, que depois de prontos, constituir�o
o sistema ERP, passam por algumas fases antes de sua forma final em linguagem
de alto n�vel (Pascal, C, Cobol, VB, Delphi etc.). Mais importante do que a
codifica��o propriamente dita est� a constru��o l�gica dos programas.�
Quando falamos de l�gica de programa��o,
estamos falando do racioc�nio que o homem precisa desenvolver para resolver um
problema de processamento de dados (CARBONI, 2003), tais como os que se
encontra nos sistemas ERP. Sem esse racioc�nio, n�o tem sentido a programa��o.
A l�gica faz parte de nossa vida di�ria, de
nossas decis�es. Segundo Souza (2002), entende-se por l�gico o que n�o permite
questionamento; o que � coerente, �bvio, certo. Logo l�gica de programa��o � a
maneira pela qual se representa em linguagem corrente ou por meio de s�mbolos
que expressam essa linguagem, instru��es, que comp�em um programa a ser
executado por um computador.
A aplica��o pr�tica do conhecimento matem�tico
� extensa e imprescind�vel. � not�ria sua aplica��o no sistema banc�rio,
com�rcio, ind�stria, administra��o p�blica e at� mesmo nas finan�as pessoais
(aplica��es, empr�stimos, juros banc�rios etc).
Contudo, segundo Paulos (1991), a import�ncia
de estudar matem�tica vai al�m das aplica��es pr�ticas do cotidiano. Para ele,
a matem�tica, al�m de pensamento sobre n�meros e probabilidades, sobre rela��es
e l�gica, sobre gr�ficos e varia��es, � acima de tudo, pensamento. Por essa
raz�o, a matem�tica oferece mais uma maneira de ver o mundo e, ao desenvolver
uma consci�ncia ou atitude matem�tica, podemos melhorar as nossas rotinas
di�rias.
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racioc�nio matem�tico � de suma import�ncia para o profissional de tecnologia,
pois, como exp�e Campos Filho (2001), os neg�cios em todo o mundo est�o se
tornando cada vez mais financeiros e, portanto, o racioc�nio matem�tico precisa
estar presente em todas as �reas do neg�cio e n�o somente na �rea financeira da
empresa.
Segundo Netto (2005), o uso da matem�tica em
administra��o, economia, sociologia, engenharias e ci�ncias � cada vez mais
reconhecido como necess�rio. Na �rea de gest�o empresarial quanto maior a
amplia��o do escopo dos sistemas ERP, mais s�o requeridas t�cnicas matem�ticas
de elevada complexidade alg�brica e computacional. Por exemplo: Quanto produzir
de cada produto, em cada f�brica, para atendimento mais lucrativo das demandas
previstas nos pr�ximos dias e meses, nas v�rias regi�es atendidas pela empresa?
Como equilibrar suprimento e demanda sem incorrer em altos custos de estoques
de mat�ria-prima, produtos intermedi�rios e produtos acabados? Como abastecer
os centros de distribui��o? A import�ncia da matem�tica neste contexto est� na
representa��o mais abrangente dos condicionantes de trabalho, tratando
simultaneamente os efeitos de milhares de vari�veis de decis�o, calculando os
seus valores de maneira que todos os condicionantes sejam respeitados e, al�m
disso, fazendo que um dado �ndice de desempenho (lucro, por exemplo) seja
maximizado.
5.4. Metodologia
em Sistemas de Informa��o
Da forma como foi estruturada e elaborada, a
metodologia cient�fica vem contribuir para a forma��o acad�mica com um subs�dio
cujo valor n�o pode ser negado: fornecer os pressupostos do trabalho
cient�fico. Estes pressupostos compreendem certas normas consagradas pelo uso,
entre cientistas, referentes � estrutura e � apresenta��o do trabalho
cient�fico, al�m das t�cnicas e m�todos relativos � sua pesquisa e elabora��o
(CERVO, 1983).
Ainda segundo Cervo, S�o igualmente
pressupostos do trabalho cient�fico aqueles mecanismos mentais que se
desencadeiam por meio do processo reflexivo. Tais mecanismos mentais comp�em,
com v�rios outros elementos, as bases da constru��o do conhecimento.
Ao analisar a etimologia da palavra
metodologia, verifica-se que esta deriva da palavra m�todo (HOUAISS, 2001). M�todo, em seu sentido geral, � a ordem que
se deve impor aos diferentes processos necess�rios para atingir um fim
espec�fico ou um resultado desejado (LAKATOS, 1986). Como lembra Lakatos, a
�poca do empirismo passou. Hoje n�o se pode mais improvisar. A atual fase � a
da t�cnica, da precis�o da previs�o e do planejamento em todas as �reas do
conhecimento, inclusive, da tecnologia da informa��o, segmento em que se
encontram os Sistemas ERP.
Do mesmo modo como t�cnicas metodol�gicas devem
ser parte integrante de cada etapa do desenvolvimento e implementa��o de um
sistema ERP, o pensamento metodol�gico deve estar presente em toda a carreira
de um profissional de tecnologia da informa��o, do qual sempre ser� exigido:
m�todos de levantamento de dados, m�todos de defini��o estrutural dos sistemas
e as metodologias de desenvolvimento, implementa��o e atualiza��o, entre outros.
5.5. A
import�ncia do Conhecimento Organizacional
A ess�ncia do planejamento e do controle
organizacional est� na tomada de decis�es. Esta, por sua vez, depende de
informa��es oportunas, de conte�do adequado e confi�vel (BIO, 1999).� Da� a necessidade de um sistema ERP alinhado
com as necessidades de informa��es desses processos decis�rios.
Em grande parte dos casos, a implementa��o de
novas tecnologias em um ambiente corporativo provoca uma necessidade de
reestrutura��o organizacional, seja de poucos setores ou mesmo de toda a
organiza��o. Muitas vezes, a implementa��o de um novo sistema de informa��o
exige adequa��o da pr�pria estrutura da organiza��o ou da maneira como realiza
seus neg�cios. N�o raro, a empresa se adequa ao sistema e n�o o contr�rio (WOOD
JR, 1995). Com um Sistema ERP, n�o � diferente.
A an�lise da estrutura da organiza��o, seus
processos, sua vis�o de neg�cio e sua cultura, permitem n�o s� melhor entender
os requisitos organizacionais que ir�o interferir na implementa��o e aceita��o
do sistema ERP, mas tamb�m identificar alternativas para os v�rios processos da
organiza��o, facilitando os esfor�os de implanta��o do sistema e sua aceita��o
(FLEURY, 1997).
Podemos dividir o ciclo de vida de um sistema
ERP em quatro fases principais: Levantamento de dados, Desenvolvimento do
sistema, Implanta��o e Suporte ao sistema implantado. A cada nova necessidade
de implementa��o � seja por exig�ncias do neg�cio ou para atender a demandas
legais -, o ciclo � realimentado, caracterizando a natureza din�mica dos
sistemas ERP.
Durante todo o ciclo de vida do sistema, s�o
exigidas habilidades em v�rias �reas do conhecimento. N�o raro, um mesmo
profissional participa ativamente de cada uma das etapas do ciclo. Logo, quanto
mais multidisciplinar for a equipe envolvida, maiores ser�o as chances de
sucesso do projeto.
O diagrama abaixo (figura 2) demonstra o momento em que cada uma das habilidades desenvolvidas pelas disciplinas do segundo per�odo do Curso de Sistemas de Informa��o do ILES/ULBRA � exigida no ciclo de vida de um sistema ERP.
Figura
2 � Relacionamento entre as habilidades desenvolvidas pelas disciplinas do
segundo
per�odo do ILES/ULBRA e o ciclo de vida dos sistemas ERP.
Seja qual for o ramo de especializa��o escolhido pelo profissional de Tecnologia da Informa��o, dele sempre ser� exigido: forma��o Multidisciplinar e pensamento Interdisciplinar. Durante toda a sua carreira, invariavelmente, o profissional de TI estar� diante de problemas que certamente lhe exigir�o compet�ncias e habilidades obtidas por meio da aplica��o pr�tica das diversas disciplinas com as quais teve contato no meio acad�mico.
Os Sistemas ERP s�o um exemplo claro do que pode ser exigido do profissional de TI. Seja qual for a etapa do clico de vida do sistema ERP em que o profissional esteja trabalhando, sempre lhe ser�o exigidas habilidades matem�ticas, racioc�nio l�gico, compet�ncias de an�lise organizacional e t�cnicas metodol�gicas. Estes s�o apenas alguns dos ingredientes com os quais o profissional de TI inevitavelmente ter� de lidar durante sua carreira. Da� a import�ncia do conhecimento Multidisciplinar e do pensamento Interdisciplinar como base de forma��o do profissional de TI contempor�neo.
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[1] Interdisciplinar: Que estabelece rela��es entre duas ou mais disciplinas ou ramos de conhecimento; O que � comum a duas ou mais disciplinas (HOUAISS, 2001).
[2] ERP: Enterprise Resource Planning.
[3] ILES: Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara. ULBRA: Universidade Luterana do Brasil.
[4] Outros nomes usados para designar TI (Tecnologia da Informa��o): Information Technology (IT), Sistemas de Informa��o, Engenharia da Informa��o.
[5] MRPII: Manufacturing Resource
Planning.
[6] MRP: Material Requirements
Planning.
[7] CRM: Customer Relationship
Management.
[8] SCM: Supply Chain Management.
[9] BI: Business Intelligence.
[10] Multidisciplinar: Que cont�m, envolve ou distribui-se por v�rias disciplinas e pesquisas; pluridisciplinar (HOUAISS, 2001).